Iniciativa receberá, nos próximos três anos, R$ 756 milhões
O Sistema Sebrae lançará, no dia 19 de outubro, um programa que deverá aumentar a competitividade das empresas brasileiras no mercado nacional e internacional. É o Sebraetec, iniciativa que está sendo reformulada pela instituição e atenderá, apenas no próximo ano, mais de 12 mil empresas em todo o país.
De acordo com o coordenador geral do programa, José Ancelmo de Góis, a ação tem uma forte componente da inovação, além dos serviços tecnológicos básicos ou avançados que serão prestados. "A logomarca do programa ainda está sendo concebida, mas a formatação está pronta e contou com a participação de todos os Sebraes estaduais", afirma.
A iniciativa receberá, nos próximos três anos, R$ 756 milhões. Deste total, 50% serão provenientes do Sebrae Nacional. O grande foco de atuação do programa são as pequenas empresas, que hoje somam cerca de 400 mil em todo o país. A meta é atender, em 2011 e 2012, 12,5 mil empresas a cada ano. Em 2013, a expectativa é que esse número passe para 22,5 mil.
O Sebraetec dispõe de quatro linhas de ação. Duas são relacionadas aos serviços tecnológicos. As demais são na área de inovação, sendo uma o Sebraetec Inovação, que apoiará projetos de até 12 meses de duração para inovações incrementais e com o custo de até R$ 90 mil.
Para lançar a iniciativa, o Sebrae utilizou a experiência adquirida com um programa semelhante da entidade e que está no mercado desde 1982. Com base nisso, Góis destaca que o fundamental é avaliar o impacto da prestação do serviço disponibilizado pelo Sebraetec e o desenvolvimento do projeto de inovação na empresa contemplada.
"Eu não desenvolvo um projeto simplesmente para nada. Desenvolvo para aumentar a competitividade da empresa no mercado onde ela atua, a sua eficiência, a capacidade de exportação, entre outros componentes", disse.
O coordenador explica que para participar do programa, as empresas precisam comprovar a necessidade da consultoria demandada ou da inovação para mantê-las competitivas no mercado. "Sem inovação é muito difícil manter a competitividade nos níveis de interesse dos empresários. É preciso aperfeiçoar os processos e produtos, o marketing e a própria organização", lembrou.
(Bianca Torreão para o Gestão C&T online)