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Mineração em Piranema: o Arranjo Produtivo Local é a fonte de 90% da areia usada em obras na Região Metropolitana do Rio |
Com apoio da FAPERJ pelo programa Prioridade Rio, o projeto fornece orientação técnica para gestores e funcionários das mineradoras instaladas no APL de areia Piranema, para consolidar uma cultura de responsabilidade ambiental e, consequentemente, minimizar os impactos da extração de areia no local. "Nosso esforço maior é o de capacitação ambiental. Uma auditoria realizada em 2008 apontou várias irregularidades na região que mostravam a necessidade de ações de instrução para capacitar os mineradores a promoverem a sustentabilidade de seus negócios, em harmonia com os requisitos estabelecidos pelos órgãos reguladores", explica o engenheiro de minas José Mário Coelho, coordenador do projeto e professor do Departamento de Geologia da UFRJ.
"Para atender essa demanda de formação ambiental, o Programa de Capacitação Tecnológica oferece diversos cursos de extensão a empresários e funcionários sobre temas relativos aos processos de mineração e transporte, e seus aspectos ambientais", completa o professor. Ele ressalta que outra prioridade do projeto é a formação de auditores ambientais internos, que têm ajudado a monitorar eventuais irregularidades nas micro e pequenas mineradoras de areia de Piranema. "Já formamos auditores ambientais internos entre os funcionários indicados pelas próprias organizações, bem como representantes da comunidade local. As mineradoras de areia legalizadas que receberam nosso treinamento passaram por recente auditoria dos órgãos ambientais e nenhuma irregularidade nelas foi constatada", destaca.
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O professor José Mário Coelho em oficina de capacitação ambiental em Piranema: orientação técnica a mineradores |
O desenvolvimento desse Arranjo Produtivo Local, recentemente formalizado, deve fomentar o diálogo entre os diversos agentes envolvidos no setor de mineração de areia de Piranema - as prefeituras dos municípios de Seropédica e Itaguaí, os representantes das comunidades afetadas, os consumidores e os órgãos reguladores: Departamento de Recursos Minerais (DRM), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o DNPM, entre outros. A partir da sinergia entre as diversas partes, espera-se que os modelos de gestão ambiental e de desenvolvimento econômico sejam mais alinhados e eficazes. "A UFRJ e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) vêm sendo indutoras do processo de articulação entre as mineradoras e os órgãos reguladores. Esse diálogo com a sociedade é fundamental para que as universidades cumpram o seu papel de extensão", conclui. Além do apoio da FAPERJ, o projeto conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micr o e Pequenas Empresas (Sebrae/RJ) e do Sindicato de Mineradores de Areia do Estado do Rio de Janeiro (Simarj).
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