Projeto Open Box da Ciência faz levantamento inédito sobre a presença de mulheres no ambiente acadêmico e, dentre as pesquisadoras protagonistas na ciência brasileira identificadas por esse projeto, várias possuem ou já possuíram vínculo com a UFRJ
27/02/2020

Para dar visibilidade às carreiras das pesquisadoras brasileiras, a organização de mídia Gênero e Número criou o Open Box da Ciência, uma plataforma que identificou 250 mulheres que protagonizam a pesquisa brasileira e revelou novos dados sobre a presença feminina no ambiente acadêmico.

Com o apoio do Instituto Serrapilheira, o projeto lançado, no dia 12/02/2020, em São Paulo, extraiu dados da plataforma Lattes e criou um algoritmo capaz de pontuar pesquisadores e pesquisadoras a partir de alguns critérios. São eles a quantidade de artigos publicados em revistas de impacto (qualis A1, A2 e B1); a ordem de autoria dos artigos; a quantidade de prêmios recebidos e quantas vezes participou ou organizou eventos, congressos, exposições e feiras científicas — além de ter, no mínimo, doutorado.

A plataforma

Com a pontuação em mãos, foram selecionadas as 50 mulheres que obtiveram as maiores pontuações nas áreas de ciências biológicas, ciências exatas e da terra, ciências da saúde, ciências sociais aplicadas e engenharias. Preocupando-se com a representatividade racial, cada área apresenta ao menos cinco cientistas negras e pardas.

A partir de agora, entrevistas e perfis das pesquisadoras estarão disponíveis no site do Open Box da Ciência para divulgar as contribuições de cada uma delas. Em um gráfico interativo organizado por áreas, é possível visualizar quantos prêmios recebidos e artigos publicados possui cada cientista. A plataforma também agrupou os 495 principais papers escritos por elas, que variam de assuntos relacionados a física, metalurgia, microbiologia, administração, estatística etc.

Além disso, o site apresenta um campo que pode ser preenchido com os dados do seu próprio currículo, para que você tenha uma ideia de onde você está na "escala de protagonismo científico" proposta pela iniciativa.

Dados inéditos

O levantamento também revela novos números sobre a participação das mulheres no ambiente acadêmico. Entre os doutores de engenharia, por exemplo, foi observado que apenas 26% são mulheres. Nas ciências exatas e da terra, elas representam 31%. A única área analisada em que as mulheres são maioria, segundo a plataforma, é nas ciências da saúde, em que equivalem a 56% dos doutores.

Outro dado inédito é que apenas 15% das cientistas que são docentes e pesquisadoras recebem alguma bolsa.

Foram baixados 271.367 currículos da Plataforma Lattes do CNPq para serem analisados no projeto em questão.

A PR2 parabeniza as pesquisadoras identificadas pelo referido projeto - que possuem ou que já possuíram algum vínculo com a UFRJ (estudo/trabalho) - em especial a Pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Professora Denise Maria Guimarães Freire e as Professoras da UFRJ Sheila Knupp Feitosa de Oliveira, Maria Inês Bruno Tavares, Bluma Guenther Soares, Irina Nasteva, Sandra Filippa Amato,Miriam Mendes Gandelman, Erica Ribeiro Polycarpo Macedo e Patricia Rieken Macedo Rocco pelos protagonismos na ciência brasileira.

Fonte: Revista Galileu (Adaptada) (https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/02/plataforma-destaca-250-mulheres-protagonistas-na-ciencia-brasileira.html

Clique aqui para ver as protagonistas que seus PERFIS E/OU ENTREVISTAS (em http://www.openciencia.com.br/, consultados no dia 27/02/2020 ao longo da tarde) citavam explicitamente que possuem ou que possuíram algum vínculo (estudo/trabalho) com a UFRJ

Clique aqui para ver todas as protagonistas identificadas pelo projeto em questão e para mais informações

Clique aqui para ver a 'Nota Metodológica – Open Box da Ciência'

Clique aqui para ler a notícia publicada no site UFRJ 'Projeto Open Box da Ciência destaca 13 pesquisadoras da UFRJ'

Notícia atualizada em 10/03/2020