O Serrapilheira anunciou um investimento de R$ 3 milhões na renovação do apoio a três cientistas de destaque. Bruno Mota e Mario Leandro Aolita , ambos do Instituto de Física da UFRJ, foram os dois contemplados da UFRJ e receberão, cada um, R$ 700 mil, mais um bônus opcional de R$ 300 mil destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência.
Os pesquisadores foram selecionados inicialmente pela 1ª Chamada Pública de Apoio à Ciência e contemplados com um grant de R$ 100 mil – o chamado seed money – por um ano. Depois, foram reavaliados por 15 revisores ad-hoc, atuantes em instituições do mundo todo.
Bruno Mota aplica princípios fundamentais e técnicas da física teórica para entender a estrutura e o funcionamento do cérebro de mamíferos. Apesar da interdisciplinaridade com a neurociência, sua origem é na cosmologia: ele terminava o doutorado em topologia cósmica quando descobriu que a neurocientista Suzana Herculano-Houzel havia desenvolvido um método de contagem de células cerebrais e notado algumas regularidades na organização dos cérebros de roedores. Achou o fato intrigante e quis saber mais. Acabou fazendo um pós-doutorado na área.
O projeto de Mario Leandro Aolita se divide em duas partes. Pelo lado aplicado, o físico busca desenvolver os chamados computadores quânticos, que prometem ser capazes de resolver problemas que nenhum computador convencional (nem mesmo os supercomputadores de hoje em dia) consegue realizar. Já no aspecto fundamental, ele estuda o nexo entre emaranhamento e superposições quânticas e a causalidade, em conexão com a teoria da relatividade de Einstein e outras possíveis teorias (ainda a serem desenvolvidas) de gravidade quântica.
A PR-2 parabeniza os dois pesquisadores da UFRJ contemplados pela conquista.
Fonte: Site Instituto Serrapilheira (Adaptada)
Para mais informações, acessem https://serrapilheira.org/serrapilheira-renova-apoio-de-pe…/ e http://www.faperj.br/?id=3928.2.6 .