Por que a UFRJ é a mais inovadora do país por dois anos consecutivos
10/12/2019

2018 e 2019. Dois anos de efervescência sócio-político-econômica no Brasil e, em meio à instabilidade do país, um feito: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conquistou, nos dois anos seguidos, o topo absoluto em inovação no Ranking Universitário Folha (RUF), mostrando que a primeira universidade criada pelo Governo Federal (em 1920) também se espraia para a liderança na inventividade em novos conhecimentos.

Com metodologia inspirada em rankings internacionais, o quesito inovação do RUF levou em conta dois critérios: patentes depositadas junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e artigos em colaboração com empresas. Em 2019, 197 universidades foram ranqueadas. Das 20 primeiras posições do ranking de inovação, 15 são ocupadas por universidades públicas, sendo 11 federais.

A Professora Denise Freire, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ (PR-2/UFRJ), aponta possíveis motivações para a Federal do Rio ter atingido o primeiro lugar no Brasil. “A UFRJ teve, nos últimos anos, um enorme crescimento da qualificação docente, o que repercutiu positivamente na expansão da oferta de programas de pós-graduação e, consequentemente, na produção científica e de inovação da Universidade. Inovação somente é possível com geração de conhecimento científico de qualidade. Somos líderes nesse quesito porque a UFRJ já possui um excelente ecossistema de inovação com vários componentes maduros e produtivos, como o Parque Tecnológico, uma incubadora de empresas, uma incubadora tecnológica de cooperativas populares, a Agência de Inovação e diversas outras microestruturas, tais como os laboratórios de pesquisa e as atividades de fomento à inovação e ao empreendedorismo”, afirma.

“A inovação, que trata da transformação de ciência em algo de valor para a sociedade, é um conceito que acompanha a UFRJ desde sua criação. As inovações tecnológica e social são componentes cruciais para a complexificação das cadeias produtivas do país, uma vez que os agentes econômicos e sociais se tornam mais interdependentes econômica, política, social e tecnologicamente. Diferentemente do que acontecia em sociedades industriais tradicionais, a atual lógica da inovação se apoia muito mais em produção e aprendizagem do conhecimento. Essa dependência da produção em relação à aprendizagem gera, por sua vez, uma forte interação entre agentes produtivos e agentes produtores de saber. E as universidades e os centros de pesquisa são os agentes produtores do saber”, diz.

Para a Professora Flávia Lima, coordenadora da Agência UFRJ de Inovação (PR-2/UFRJ), o órgão ocupa posição de relevância na Universidade. “Nossos principais objetivos são proteger, por meio de patentes e registros, as criações intelectuais decorrentes das pesquisas acadêmicas da UFRJ e buscar sua transferência, por meio de licenciamentos, para o setor produtor de bens e serviços”, afirma.

Fonte: Site UFRJ (Adaptada)

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