O trabalho vencedor na categoria Inovação Tecnológica em Oncologia do 10º Prêmio Octavio Frias de Oliveira, de autoria de Luciana Facchinetti de Castro Girão, do Departamento de Bioquímica da UFRJ, tinha como alvo a criação de uma nova versão da enzima asparaginase que causasse menos efeitos colaterais graves.
A enzima asparaginase, que é produzida por uma bactéria, é o principal medicamento para a leucemia linfoide aguda, que afeta principalmente crianças. Embora seja eficaz, o remédio pode causar forte reação imunológica, que dificulta ou até impede seu uso.
A parceria entre a UFRJ, a Fiocruz e a Universidade de Lisboa obteve a asparaginase a partir da levedura de panificação - em combinação com outras substâncias, a enzima ajudou a impedir que o organismo reconheça o medicamento como um corpo estranho, reduzindo assim as reações adversas graves.
"Criamos uma barreira que faz com que o sistema imune não reconheça ou reconheça menos a droga como um corpo estranho, e essas alergias diminuem ou até somem. Com isso, mais pacientes podem ser tratados", diz Girão.
A droga foi testada em células leucêmicas. O grupo agora busca uma parceria público-privada para avançar à próxima fase e testar a formulação em animais. Girão afirma que os testes são caros, e os recursos para a ciência minguaram nos últimos anos. Neste ano, seu projeto ficou sem verba.
A PR-2 parabeniza a pesquisadora pelo trabalho e pela conquista do prêmio.
Fonte: Site Folha de São Paulo (Adaptada)
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Notícia atualizada em 30/10/2019